RESPONSÁVEL TÉCNICA
DRA. FERNANDA CARBONI BUSS PORTO LEITE
CIRURGIÃ PLÁSTICA CRM - SC 16962 / RQE – 14762

É difícil que a orelha de abano poupe alguém de apelidos pejorativos. Ela abala a autoestima e eleva a possibilidade de situações desagradáveis e até bullying na infância e adolescência.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o diagnóstico desse caso, que atinge até 5% da população, é feito quando o ângulo entre a orelha e o crânio é maior que o normal. “Essa distância varia, mas o ideal para não gerar incômodo é que não passe de dois centímetros quando olhamos de trás”, explica a cirurgiã plástica Fernanda Buss.

A causa é genética e não tem a ver com o momento do parto e nem com a posição fetal do bebê ainda na barriga da mãe. O que acontece é que, durante a formação, a concha cartilaginosa da orelha é aumentada junto a um apagamento da dobra natural, chamada de anti-hélix. A solução para o desconforto com a estrutura da orelha é a cirurgia, chamada de otoplastia.

A cirurgia de otoplastia

A cirurgia plástica que corrige as orelhas de abano pode ser feita na infância, em geral, a partir dos seis anos de idade. É importante uma conversa entre médico e paciente para uma avaliação e um alinhamento de expectativas. O profissional deve considerar o melhor momento para o procedimento, observando a estabilidade da cartilagem.

A cirurgia é simples, porém existem os riscos naturais de qualquer outra intervenção médica. Há contraindicação para quem apresente infecção de ouvido e é preciso tratar antes de operar porque isso pode comprometer o resultado.

Após a otoplastia, o paciente pode sentir dor e coceira durante o processo de cicatrização. A região tende a ficar inchada e vermelha, mas isso vai melhorando pouco a pouco. Além de curativos, o médico deve indicar remédios que colaboram nessa fase e reduzem, inclusive, o risco de infecção.

“O tempo de repouso após a cirurgia pode variar. Geralmente, dois dias são suficientes para os adultos voltarem às atividades normais, com exercícios leves. No caso de crianças que frequentam a escola, pode ser indicada uma semana de pausa”, indica a especialista. Uma dúvida bem comum é sobre o uso de óculos. De acordo com a Dra. Fernanda, quem usa óculos pode continuar normalmente por cima da atadura. “Só é importante ter cuidado para não usa-los apertados demais quando retirar esse curativo”, reforça.

A diferença pode ser notada logo após a operação e as cicatrizes são imperceptíveis. Após 15 dias, com menos inchaço, já é possível ver bem o resultado. Se for uma situação mais complexa de reconstrução da orelha, por exemplo, ele pode aparecer ao longo do tempo, em até 6 meses.

O preço varia de acordo com o profissional, os exames e o pacote hospitalar. “O importante é buscar por um especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, experiente e com quem o paciente tenha uma boa relação”, finaliza.

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